terça-feira, 10 de março de 2009

15º FESTIVAL MARANHENSE DE POESIA



Foi realizada, nesta última sexta-feira, pelo Departamento de Assuntos Culturais da UFMA, uma promoção da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Amazônia Celular e Companhia Vale do Rio Doce, a 1º Eliminatória do 15º Festival Maranhense de Poesia, tendo como classificados para a final, 4 poemas por mérito literário e 1 por interpretação, respectivamente, são eles: 1) SURF SUPERFICIAL, de Cosme Junior; 2) A MORADA, de Marcos Ramon; 3) POEMA SUICIDA, de Cibele de Carvalho Bittencourt; 4) MARIA DOS GARCES, de Matheus Gato de Jesus, e, 5) LABIRINTOS, de Emerson Tiago de Araújo. Nessa primeira eliminatória, 9 autores faltaram, houve 10 interpretações e 6 poemas foram lidos para não serem desclassificados. A comissão julgadora do festival é composta por um júri de performance cênica: Lio Ribeiro, Lúcia Gato e Sergio Goiabeira; e um júri para mérito literário: Dyl Pires, Paulo Melo Souza, César William e Bioque Mesito. O Festival, apesar de seus pontos obscuros, ainda é uma festa que todos os poetas iniciantes têm direito a participar, pois ser classificado depende muito de sua experiência, tanto quanto sua sorte para com os júris. Este ano, foi estipulado uma taxa de inscrição de R$5,00 (cinco reais), taxa esta destinada a brincadeiras que descontrairiam o público enquanto o júri se reunia para eleger os classificados da noite, mas não vimos bem isso, apenas tivemos como atração à participação de pessoas do público e das meninas do grupo Água Azul que recitaram poemas, como nos velhos tempos do Ex-Festival de Poesia Falada, bem, é claro que, sem cobrarem o cachê que fariam jus. Sendo assim, onde essa verba foi aplicada, que é um valor que somente serviria para cachê? Para completar o desencontro com a deusa poesia, lamentamos informar que o regulamento do 15º Festival Maranhense de Poesia continua dúbio e “contra o verso”, mesmo, apesar das transformações sugeridas pelo Conselho Cultural para esta versão; esqueceram-se de um parágrafo importantíssimo, o qual, apesar de ser apenas uma questão ética, diz: “é vetada a participação de funcionários da casa, e de familiares dos júris”. Sem querer desmerecer a poesia do novo e talentoso poeta e ator, Matheus Gato, que foi classificado para a final do mesmo festival, tendo sua mãe no corpo de júri de interpretação, este teve a decência de pelo menos não defendê-la pessoalmente no palco, mas se for assim, então tá! Um ponto positivo da eliminatória, diz respeito a presença do público, mas, lembro-lhes senhores que, se as coisas mudam!!! *** ENTREVISTA Fizemos uma entrevista com duas pessoas de experiência no que diz respeito à literatura e à performance, que se fizeram presentes nessa 1ª eliminatória: Ribamar Feitosa (poeta e educador, organizador do grupo Águia Azul) e CÁSSIA PIRES (atriz, professora de artes cênicas, poeta e organizadora do Festival de Poesia Falada do Geoalpha). TRIBUNA: O que você achou do estilo literário apresentado pelos concorrentes desta tarde? RIBAMAR FEITOSA: Razoáve! Porque os poemas foram muitos laudatórios, e aliás eu não os classifico como poemas, pois, se não todos, soaram mais para prosa poética, e naturalmente, por conta de alguns poetas que não vieram, talvez, lá estariam poemas autênticos, até melhores. TN: O festival de Poesia vem sendo encarado como um primeiro exercício para poetas iniciantes, agora nesta versão, com a mudança no regulamento, foi permitida a participação de todos os poetas, sem impor critérios de inscrição. De que forma isto vem influenciar os novos poetas? RF: É um grande estímulo, pois o iniciante deve se preparar melhor para se defrontar com os veteranos, infelizmente isto não ocorreu esta noite, mas quem sabe nas próximas eliminatórias. Acredito que os novos poderão se aperfeiçoar, até mesmo superar a qualidade de um veterano. TN: O que você recomenda aos poetas que não foram classificados esta tarde? RF: Essa história de concurso é muito relativa, o júri é momentâneo, os melhores às vezes não são escolhidos, o grande feito é participar, continuar produzindo poemas, mostrar ao público o seu trabalho, acreditar em si, enfim, escrever. *** TRIBUNA: Você achou que as performances poéticas estavam na média de uma boa apresentação? CÁSSIA PIRES: Não! O problema talvez foi por conta dos autores ou da falta de intérpretes para as defesas, sendo assim, tudo fica um pouco a desejar, mas tivemos pessoas interessantes. Talvez faltou auxílio para que as performances fossem melhores. TN: Para você, em que aspecto esse festival influência os novos atores maranhenses? CP: Ele abre um espaço, especialmente, para atores que não tem um campo para exercitar atividades performáticas. Sem dúvida é uma influência bastante positiva, um espaço a mais. TN: O que você recomendaria, com sua experiência como atriz, para que os intérpretes melhorassem, até mesmo para a final, suas performances? CP: Que recorram a pessoas que tenham mais experiência na área, para dirigir essas apresentações, para que apresentem um trabalho melhor. *** O festival merece toda a cobertura de nossa redação, pois sabemos que a importância dele para a cultura maranhense é de muito valor, apesar de seus devaneios, nada que possa ser resolvido com um pouco de democracia e ética. Agora basta saber se esses valores fazem parte do cotidiano da organização!

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