sexta-feira, 11 de junho de 2010

César William no 8º SaliPi

Foi intensa a participação do professor e poeta, César William no 8º Salipi, ocasião em que ele recebera do amigo poeta Salgado Maranhão sua mais recente obra, "A Cor da Palavra", uma antologia que reúne toda a obra daquele autor.

terça-feira, 10 de março de 2009

EXPOMAPI NO SITE DA UEMA

Cesti realiza exposição de autores do Maranhão e do Piaui
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) por meio do Centro de Estudos Superiores de Timon (Cesti), estará realizando na próxima quinta-feira, 4, a I Exposição de Poemas de Autores Maranhenses e Piauiense (Expomapi). O evento que está sendo esperado com muita expectativa pela comunidade acadêmica, acontecerá no salão de exposição do Cesti, com abertura prevista para as 17h00, e contará com a presença da diretora do Centro, Deusimar Serra Araújo.
De acordo com o professor Márcio Túlio, chefe do departamento do curso de Administração daquele Centro, a exposição faz parte do calendário acadêmico do Cesti, em comemoração ao dia do poeta, e será realizado dentro da Semana Universitária da Uema. “Este evento é o primeiro do gênero na instituição que já nasce com o propósito de unir os dois estados em torno da literatura”, afirma Márcio. Já na opinião do organizador da Expomapi, poeta César William, que também é acadêmico do curso de Letras do Cesti, o encontro de autores maranhenses e piauienses terá um caráter itinerante, “pois, a partir desta edição percorremos várias cidades do Maranhão, no intuito de divulgar os autores dos dois estados, que são separados apenas pelo Rio Parnaíba", explica.
Lugar: São Luís-MarnhãoFonte: ASCOMData da Notícia: 02/10/2007

CÉSAR WILLIAM CITADO NO BLOG DO RONALDO

Lorena de Cassi Fernandes disse...
O Poemará é um evento que aproxima o público da poesia e também serve de intercâmbio entre os poetas. O festival é um dos poucos que ainda privilegia o talento poético em nosso Estado, somando-se, é claro, ao Concurso Cidade de São Luís. Em uma cidade que respira poesia e tem uma efervescência poética, ainda é pouco. Mais uma vez. Esse festival, ao longo dos anos, serviu para descobrir vários poetas como é o caso de Paulo Melo Souza, Roberto Kenard, Fernando Abreu, Antonio Aílton, Paulinho Dimaré, Rafael Oliveira, Ribamar Feitosa, Rosemary Rêgo, Mauro Ciro, Eduardo Júlio, Maria Aparecida Marconcine, Josoaldo Rêgo, César Borralho, João Almiro Lopes Neto, Francisco Tribuzi, Bioque Mesito, Dyl Pires, Cibele Bittencourt, César William, Junerlei Moraes, Geane Fiddan, Lúcia Santos, Ronnald Kelps, dentre outros.
BLOG DO RICARDO SANTOS - RONALDO KEPS
30 de Setembro de 2008 17:04

PARTICIPAÇÃO DO POETA CÉSAR WILLIAM NO GRUPO CURARE

O Grupo Curare organizou-se com o intuito de conduzir alguma publicação periódica – a exemplo da revista Uns e outros e das publicações da Akademia dos Párias –, com a qual fosse lançada a pedra fundamental de nossa atividade literária. Após muitas discussões nas ruas e becos da Praia Grande, o grupo percebeu que tinha mais gosto em estar simplesmente reunido para boas conversas sobre literatura, cinema e assuntos de algum modo conectados à arte, do que propriamente elaborar projetos que não saíssem do papel, dada a diferença de temperamentos e opiniões entre todos, além da evidente falta de dinheiro. Notou-se, afinal, que os encontros eram apenas um pretexto para impulsionar o ato de escrever. Com o tempo, mudou-se o planejamento, os encontros aconteceram com maior regularidade, aumentando cada vez o número e a lista de prováveis participantes da futura revista. Contudo, a idéia inicial de montar o grupo tinha autores: Dyl Pires e Ricardo Leão, após um encontro ocorrido em 1995 na Biblioteca Pública Benedito Leite, no anexo aos fundos, onde se elaborou uma lista inicial de amigos e conhecidos comuns, constante de uns 25 nomes, entre os quais vários que já vinham-se destacando em concursos locais e nacionais. O nome da revista – Curare – foi igualmente sugestão do Dyl, que nos apresentou a todos, porém quem sugeriu a publicação de um periódico foi o poeta e ficcionista Marco Pólo Haickel. O encontro havia, pois, acontecido. Como o projeto da revista naufragou após um tempo, faltou um evento que registrasse e existência do grupo, o que se passou a perseguir nos meses posteriores, entre reuniões e bate-papos, a maioria na Praia Grande, arredores e Conjunto Cohab.A primeira grande oportunidade, todavia, surgiu quando a Secretaria do Estado de Cultura decidiu publicar, em 1996, uma antologia de jovens poetas, posteriormente chamada Safra 90. Esta iniciativa conseguiu congregar um bom número dos que faziam parte da configuração original do grupo. Entretanto, não foi inteiramente um sucesso, pois a antologia surgiu com a proposta de divulgar a jovem poesia de todo o Estado; embora aquele grupo de poetas fosse a maioria, a antologia não estava atrelada à existência de um grupo, pois havia outros antologiados que não comungavam de idéias comuns e mesmo pertenciam a faixas geracionais diferentes, como o caso de Ribamar Filho, o “Riba” do sebo Poeme-se, ex-integrante da Akademia dos Párias. Mas lá estavam os integrantes das primeiras reuniões do grupo Curare: Antônio Aílton Santos Silva, Dyl Pires (Eldimir Silva Júnior), Bioque Mesito (Fábio Henrique Gomes Brito), Hagamenon de Jesus Carvalho Sousa, Jorgeane Ribeiro Braga, Nilson Campos (Natanilson Pereira Campos), este cronista (Ricardo André Ferreira Martins), entre outros. Esta primeira publicação – que silenciou àquele tempo a idéia da revista – permitiu certa notoriedade que justificava o prosseguimento de outras ações. Todavia, era necessário ainda um evento que identificasse a existência de um grupo, em torno do qual orbitavam simpatizantes e participantes sazonais, entre os quais se destacava Couto Corrêa Filho, poeta e crítico de arte, que se solidarizou com as idéias e poesia do Curate. Muitas das reuniões do Curare aconteceram na residência do Couto, que a partir dali trouxe contribuições definitivas para a cristalização de alguns projetos. Surge então a idéia de uma exposição e recital, a qual foi colocada em prática em inícios de 98, intitulada Sygnos.doc, no Palacete Gentil Braga, promovida pelo Curare com o auxílio do Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis, principalmente na figura de seu diretor, Euclides Moreira Neto. Esta exposição absorveu muitos esforços, consumindo muito tempo, nervosismo e paciência. O evento, entretanto, finalmente aconteceu, garantindo um marco existencial e histórico para o Grupo Curare, ao qual se somaram novos nomes, como os poetas César William, Couto Corrêa Filho, Eduardo Júlio, Dylson Júnior, Gilberto Goiabeira, Judith Coelho e Rosemary Rego. Noticiado, publicado, o fato está lá, de modo que não há como não afirmar a existência de um grupo de amigos e poetas, que dali em diante ganhava cada vez mais espaço entre os outros grupos que se movimentavam no cenário literário local. O pacto de amizade, no entanto, havia assumido dimensão um pouco mais séria, o que motivou a ação seguinte. Para que o grupo pudesse se firmar, passou-se a participar mais regularmente de concursos. O resultado veio em forma de premiações e publicações, com as quais a maioria saía do completo anonimato. Quem primeiramente publicou em livro foi a poeta Jorgeana Braga, com o seu Janelas que escondem espíritos (1996), pelas Edições Não-Ser, em Teresina. O primeiro livro premiado, entretanto, foi Círculo das pálbebras (1999), de Dyl Pires, no XXIV Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, Prêmio “Sousândrade”, como primeiro lugar em poesia, em 98. No ano posterior, quem ganhará o mesmo prêmio é Antônio Aílton, com o seu As habitações do Minotauro (2000) e, posteriormente, com um ensaio Humanologia do eterno empenho, sobre Nauro Machado, na respectiva categoria. Neste mesmo ano, Ricardo Leão é premiado com a publicação de Simetria do parto (2000), no III Festival Universitário de Literatura, promovido por The Document Company Xerox, Revista Livro Aberto e Editorial Cone Sul, seguido por Bioque Mesito com o seu A inconstante órbita dos extremos (2001), no mesmo festival, em sua quarta edição. Ainda em 2001, será a vez de Hagamenon de Jesus publicar o seu The problem, em edição do autor. Não se pode esquecer outro fato, que é a acumulação seguida de prêmios locais e nacionais em outras categorias que não a publicação em livro individual. Somente no Festival Maranhense de Poesia – antigo Festival Maranhense de Poesia Falada – é possível contabilizar a participação dos membros do Grupo Curare desde 92 como finalistas (Hagamenon de Jesus, em 92; Antonio Aílton, em 93; Dyl Pires, Dylson Júnior, Ricardo Leão e Antônio Aílton, em 97; Dyl Pires, Bioque Mesito, Antonio Aílton, em 98; Antonio Aílton, Bioque Mesito, Dylson Júnior, César William, em 99), tendo obtido este cronista Menção Honrosa em 97, com o poema A filha da puta e Antônio Aílton o segundo lugar com Poema-fato ou fenômeno; Dyl Pires obterá o primeiro lugar no ano seguinte com o poema em prosa O poeta e sua fala, sendo que nos anos seguintes Bioque, Dyl e Hagamenon participarão das comissões julgadoras do respectivo festival. A presença literária e o prestígio dos componentes do Grupo Curare começam, por conseguinte, a se firmar na constelação de tantos poetas da ilha ludovicense.Com isto, não se está querendo fazer um mero ranking de publicações e distinções literárias, a título de provar qual o grupo que publicou mais ao longo de uma década que passou, mas apenas frisar a importância e os méritos de uma geração de escritores e poetas que se encontra entre as mais ativas de cenário literário atual, sem desmerecer a importância de outros. É justamente neste ponto que cabe aqui um importante adendo – a relevância de um outro grupo de poetas e escritores, surgido no mesmo período, com o qual o Grupo Curare tem uma dívida de gratidão e afeto, além de afinidades indeléveis: o Grupo Carranca, capitaneado pelos incansáveis poetas e escritores Mauro Ciro Falcão e Samarone Marinho, os quais se tornaram grandes comparsas das atividades do Curare e vice-versa. A partir de 2000 as existências dos dois grupos se encontram praticamente paralelas e, em certa medida, confundidas, ressalvadas as individualidades que motivaram o projeto de cada um. Pertencentes a uma faixa geracional um pouco diferente – embora quase coeva –, os membros do Grupo Carranca aceitaram dividir seus espaços e iniciativas, durante algum tempo, com o Grupo Curare. Já são célebres as reuniões dominicais na casa de seu “Gojoba”, na qual os membros do Curare foram recebidos como membros da família. Durante vários anos, as reuniões e encontros do Grupo Curare e Grupo Carranca aconteceram na casa do jornalista, sempre com bastante aconchego e diversão. A participação de vários membros do antigo Curare consta das antologias de poemas e contos organizadas pelo grupo Carranca, que agitaram o cenário literário de São Luís entre 1999 e 2002. De lá para cá, os membros de ambos os grupos, agora identificados pelos laços comuns, com seus projetos e propostas definidos, trabalham para construir a identidade da nova literatura maranhense.Outros poetas poderiam ser computados como pertencentes a esta mesmo bloco geracional, vindos de outros grupos e atuando no mesmo período. Contudo, a jovem produção literária vem orbitando, nos últimos dez anos, em torno destes nomes que ocupam, com certeza, a berlinda dos acontecimentos mais exponenciais, como prêmios e publicações. Não se trata ainda de escritores e poetas consagrados, porém a insistência em publicar e movimentar a cena cultural e literária maranhense os coloca entre os mais produtivos que já surgiram nos últimos 20 anos, com grandes possibilidades de se tornarem os sucessores da velha guarda na corrida pela continuação da tradição. Um sintoma disso é a atuação importante de novos grupos organizados, como o caso do Poeisis, integrado pelos membros do antigo Curare como Antônio Aílton, Bioque Mesito, e pelos poetas co-geracionais Danyllo Araújo, Geane Fiddan e Natinho Costa. Outros nomes que aguardam publicação, possuindo obras inéditas de grande relevo estético, são a poeta Jorgeana Braga (A casa do sentido vermelho, Sangrimê, Cerca Viva), Nilson Campos (o romance A Noite, além de contos e poemas), e a sensível poeta Rosemary Rego, com uma obra lírica surpreendente. Uma geração, afinal, não se faz somente de poetas publicados e, às vezes, alguns de seus melhores talentos estão entre aqueles inéditos em vida, como é o caso de vários exemplos, como o de Konstantinos Kaváfis, Emily Dickinson e Cesário Verde. Há outras histórias a ser contadas, mas esta aí foi testemunhada e acompanhada de perto. O grupo de jovens talentos, que acaba de ser laureado no Prêmio “Gonçalves Dias” de Literatura e no Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” já possui, há algum tempo, um rol de realizações isoladas que, se não têm o selo da atividade em grupo, estão ligadas indelevelmente à biografia de uma confraria de amigos, ainda jovens e no começo de suas carreiras literárias, mas lutando para que elas se firmem e possam, quem sabe, tornar-se perenes através da história. *Ricardo Leão é poeta e ensaísta
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César William no Usina de Letras

WILLIAM, César (César William David Costa) – n. 22-05-1967 – São Luís (MA). Participou de inúmeras performances poéticas e de grupos literários. Desde cedo iniciou suas atividades literárias. Na vida estudantil foi vencedor de inúmeros festivais, dentre eles, o I Festival Intercolegial de Poesia Falada (11/1984). Depois obteve outras premiações e menções honrosas, por meio do Festival de Poesia Falada, promovido pelo DAC/UFMA, evento que ele e outros poetas ludovicenses mudaram o nome para Festival Maranhense de Poesia, do qual se tornou membro da comissão de organização e parte do júri literário. Em 1988 publicou seu primeiro livro de poemas, “O Errante”. Obra que fora relançada no ano seguinte, na Fundação Assis Brasil, em Parnaíba, sob os auspícios da Academia Parnaibana de Letras –APAL, com apresentação do seu então presidente,o escritor Lauro Andrade Correia. Mais tarde, o escritor Assis Brasil o insere entre 66 poetas maranhenses do século XX, ocasião em que alguns poemas do livro “O Errante” foram inclusos na antologia “A Poesia Maranhense no Século XX”. Participou da coletânea “Poemático MMVIII”, organizada pela Halley, Teresina, PI. O poeta tem participação em mais de 20 antologias poéticas, algumas da sua terra e outras de caráter nacional. Na década de 1990 passou a ser colaborador com crônicas e matérias (sempre de teor cultural) em vários jornais de São Luís: “O Imparcial” (neste fora revisor), “O Estado do Maranhão”, “Jornal Pequeno”, “O Debate” etc. Tem participação em inúmeros suplementos literários e revistas, “Vaga-lume”, “Sacada Cultural”, “Guesa Errante” etc. Cedo também começou a ministrar aulas de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, como autodidata. Passou por várias escolas particulares de ensino médio e por inúmeros cursinhos pré-vestibulares em São Luís, chegando inclusive a ser proprietário de dois deles, o Curso Explanação e o Oficina de Redação (este último em Santa Inês-MA). Mas, depois de ter sido aprovado em vários vestibulares e sem às vezes sequer chegar a se matricular, resolveu em 2005 cursar Letras.Fizera novamente vestibular da Uema e conseguira a 4ª colocação. Hoje está no 7º período de Letras do Centro de Estudos Superiores de Timon e paralelamente ao curso, continua ministrando aulas, realizando festivais, debates, encontros de poetas, exposição de poemas. No CESTI/UEMA idealizou e fundou um jornalzinho para divulgar os eventos da instituição e idéias dos universitários e da comunidade, o “Folha Desgarrada” (já na 4ª edição). É dele também a idealização da EXPOMAPI – Exposição de Poemas de Autores Maranhenses e Piauienses, cujo objetivo é difundir obras dos autores desses dois estados, unindo-os por meio das letras. Além do mais, é editor cultural do jornal Tribuna do Maranhão. Há quase dois anos vem divulgado a cultura timonense, maranhense e piauiense em sua página que ele batizou com o nome de uma coluna que mantém na mesma, “Caleidoscópio Cultural”. Além de publicar crônicas e matérias no Tribuna do Maranhão, vem esporadicamente publicando textos também no jornal O Dia e em alguns portais literários. Possui três livros de poemas inéditos, um de contos e outro de crônicas. César William, apesar do vasto espaço de tempo sem publicar nenhuma obra, não se considera um poeta bissexto, já que vem militando diuturnamente em prol dos seus ideais e está sempre defendendo que jamais abandonará as letras, sobretudo a poesia.
Postado por Adrião Neto

DEPOIMENTO DO ESCRITOR NÉRIS

Mesmo com pouco tempo de publicação, algumas pessoas já gastaram um pouco de seu tempo para escrever sobre minha modesta obra. É o caso de César William, que escreveu um longo artigo sobre OS EPIGRAMAS DE ARTUR; de Márcia Márcia Manir Miguel Feitosa e Maria da Conceição de Araújo Ramos, que me brindaram com ótimos textos sobre o livro acima citado; do professor Ramiro Azevedo, que escreveu sobre O DISCURSO E AS IDÉIAS; de Marco Polo Haickel e Elmar Carvalho, que se debruçaram sobre o NEGRA ROSA; de Dino Cavalcante, autor do brilhante prefácio de A MULHER DE POTIFAR, e, principalmente, de Silvia Amélia Franklin da Costa de Morais, que também se encantou com uma de minhas obras e produziu sua monografia intitulada A MULHER DE POTIFAR: UMA LEITURA DIALÓGICA, trabalho defendido da Faculdade Atenas Maranhense - FAMA, para conclusão de seu curso de Letras. Aos poucos, irei trascrevendo alguns desses textos mais curtos, alguns de difícil acesso hoje em dia. (Prof. Neris - Escritor maranhense)

15º FESTIVAL MARANHENSE DE POESIA



Foi realizada, nesta última sexta-feira, pelo Departamento de Assuntos Culturais da UFMA, uma promoção da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Amazônia Celular e Companhia Vale do Rio Doce, a 1º Eliminatória do 15º Festival Maranhense de Poesia, tendo como classificados para a final, 4 poemas por mérito literário e 1 por interpretação, respectivamente, são eles: 1) SURF SUPERFICIAL, de Cosme Junior; 2) A MORADA, de Marcos Ramon; 3) POEMA SUICIDA, de Cibele de Carvalho Bittencourt; 4) MARIA DOS GARCES, de Matheus Gato de Jesus, e, 5) LABIRINTOS, de Emerson Tiago de Araújo. Nessa primeira eliminatória, 9 autores faltaram, houve 10 interpretações e 6 poemas foram lidos para não serem desclassificados. A comissão julgadora do festival é composta por um júri de performance cênica: Lio Ribeiro, Lúcia Gato e Sergio Goiabeira; e um júri para mérito literário: Dyl Pires, Paulo Melo Souza, César William e Bioque Mesito. O Festival, apesar de seus pontos obscuros, ainda é uma festa que todos os poetas iniciantes têm direito a participar, pois ser classificado depende muito de sua experiência, tanto quanto sua sorte para com os júris. Este ano, foi estipulado uma taxa de inscrição de R$5,00 (cinco reais), taxa esta destinada a brincadeiras que descontrairiam o público enquanto o júri se reunia para eleger os classificados da noite, mas não vimos bem isso, apenas tivemos como atração à participação de pessoas do público e das meninas do grupo Água Azul que recitaram poemas, como nos velhos tempos do Ex-Festival de Poesia Falada, bem, é claro que, sem cobrarem o cachê que fariam jus. Sendo assim, onde essa verba foi aplicada, que é um valor que somente serviria para cachê? Para completar o desencontro com a deusa poesia, lamentamos informar que o regulamento do 15º Festival Maranhense de Poesia continua dúbio e “contra o verso”, mesmo, apesar das transformações sugeridas pelo Conselho Cultural para esta versão; esqueceram-se de um parágrafo importantíssimo, o qual, apesar de ser apenas uma questão ética, diz: “é vetada a participação de funcionários da casa, e de familiares dos júris”. Sem querer desmerecer a poesia do novo e talentoso poeta e ator, Matheus Gato, que foi classificado para a final do mesmo festival, tendo sua mãe no corpo de júri de interpretação, este teve a decência de pelo menos não defendê-la pessoalmente no palco, mas se for assim, então tá! Um ponto positivo da eliminatória, diz respeito a presença do público, mas, lembro-lhes senhores que, se as coisas mudam!!! *** ENTREVISTA Fizemos uma entrevista com duas pessoas de experiência no que diz respeito à literatura e à performance, que se fizeram presentes nessa 1ª eliminatória: Ribamar Feitosa (poeta e educador, organizador do grupo Águia Azul) e CÁSSIA PIRES (atriz, professora de artes cênicas, poeta e organizadora do Festival de Poesia Falada do Geoalpha). TRIBUNA: O que você achou do estilo literário apresentado pelos concorrentes desta tarde? RIBAMAR FEITOSA: Razoáve! Porque os poemas foram muitos laudatórios, e aliás eu não os classifico como poemas, pois, se não todos, soaram mais para prosa poética, e naturalmente, por conta de alguns poetas que não vieram, talvez, lá estariam poemas autênticos, até melhores. TN: O festival de Poesia vem sendo encarado como um primeiro exercício para poetas iniciantes, agora nesta versão, com a mudança no regulamento, foi permitida a participação de todos os poetas, sem impor critérios de inscrição. De que forma isto vem influenciar os novos poetas? RF: É um grande estímulo, pois o iniciante deve se preparar melhor para se defrontar com os veteranos, infelizmente isto não ocorreu esta noite, mas quem sabe nas próximas eliminatórias. Acredito que os novos poderão se aperfeiçoar, até mesmo superar a qualidade de um veterano. TN: O que você recomenda aos poetas que não foram classificados esta tarde? RF: Essa história de concurso é muito relativa, o júri é momentâneo, os melhores às vezes não são escolhidos, o grande feito é participar, continuar produzindo poemas, mostrar ao público o seu trabalho, acreditar em si, enfim, escrever. *** TRIBUNA: Você achou que as performances poéticas estavam na média de uma boa apresentação? CÁSSIA PIRES: Não! O problema talvez foi por conta dos autores ou da falta de intérpretes para as defesas, sendo assim, tudo fica um pouco a desejar, mas tivemos pessoas interessantes. Talvez faltou auxílio para que as performances fossem melhores. TN: Para você, em que aspecto esse festival influência os novos atores maranhenses? CP: Ele abre um espaço, especialmente, para atores que não tem um campo para exercitar atividades performáticas. Sem dúvida é uma influência bastante positiva, um espaço a mais. TN: O que você recomendaria, com sua experiência como atriz, para que os intérpretes melhorassem, até mesmo para a final, suas performances? CP: Que recorram a pessoas que tenham mais experiência na área, para dirigir essas apresentações, para que apresentem um trabalho melhor. *** O festival merece toda a cobertura de nossa redação, pois sabemos que a importância dele para a cultura maranhense é de muito valor, apesar de seus devaneios, nada que possa ser resolvido com um pouco de democracia e ética. Agora basta saber se esses valores fazem parte do cotidiano da organização!

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